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sexta-feira, novembro 01, 2024

FALAS POR MARIELE. EMOÇÃO APÓS CONDENAÇÃO DOS ASSASSINOS.

Fonte: G1

A família de Marielle Franco desabou em lágrimas após a leitura da sentença dos réus Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz pelas mortes da vereadora e do motorista Anderson Gomes, no início da noite desta quinta-feira (31). 

Pai, mãe, irmã e filha de Anielle estavam na primeira fila, ao lado de Marcelo Freixo e Mônica Benício, além da esposa do motorista, a Ágatha Arnaus. 

A família, muito emocionada, se abraçava. Ágatha era consolada por uma mulher, enquanto Mônica Benício tentava, sem sucesso, conter as lágrimas que rolavam.

"A nossa coragem trouxe a gente até aqui. É um dia muito difícil. Eu tenho certeza que nenhum de nós queríamos estar aqui. A Agatha queria o Anderson aqui, eu queria minha mãe aqui. Mas com certeza o dia de hoje entra para a história e para a democracia desse país. A gente tem muitos passos pela frente ainda nesse caso como um todo, mas hoje com certeza é o primeiro passo por eles e a gente vai seguir lutando", destaca a filha Luyara Franco. 

"A gente contava com esse dia. Essa condenação precisava ser feita. Vamos continuar lutando, a cada dia é uma vitória", desabafa Marinete. 

Ágatha diz que irá para casa levar orgulho para o filho. 

"Hoje é um dia que eu vou abraçar o Arthur mais orgulhosa. É um orgulho a gente não ter desistido. Eu tô orgulhosa da gente também, foi aos trancos e barrancos", conta.

Luyara comentou como foi difícil acompanhar o depoimento dos réus. Ela passou mal no dia anterior.

"Na fala deles tem uma frieza, como se fosse muito tranquilo e fácil acabar com a vida de uma pessoa. É muito difícil a gente não ver nenhum arrependimento, mas tenho orgulho da gente não ter desistido, como disse a Ágatha", continua Luyara.

Suposto esquema de venda de sentenças no STJ

 

Suposto esquema de venda de sentenças de Zampieri

é capa da Revista Veja.

O suposto envolvimento de membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no esquema de venda de sentença que teria participação do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, é tema da reportagem de capa da Revista Veja desta semana.

 

O suposto esquema foi descoberto após perícia no celular de Zampieri, encontrado em seu carro, próximo ao corpo. A família tentou impedir que o aparelho fosse periciado. Na matéria da Veja é apontado que o advogado captava clientes que teriam interesse em processos que tramitavam no STJ.

 

A Polícia Federal já apura o caso. Segundo a investigação o material recuperado não deixa dúvidas de que havia envolvimento de, no mínimo, servidores da Corte Superior com o grupo de advogados e lobistas para compra e venda de decisões judiciais. O inquérito deve ser remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF).

STF RETOMA JULGAMENTO DE COLLOR

 

A maioria das pessoas com menos de 30 anos só lembram de Collor pelos livros de história como o primeiro presidente impeachmado da republica, mas ele volta ao cenário nacional como réu em um julgamento que pode levar o ex-presidente para a prisão.

O julgamento será retomado nesta sexta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em meio à discussão sobre a prescrição de parte dos crimes – o que poderia fazer com que sua condenação passasse de oito para quatro anos, livrando o ex-senador por Alagoas da pena mais grave.

A continuidade da análise do caso de Collor vai acontecer com o voto do ministro Gilmar Mendes, que em junho pediu vista e paralisou o julgamento. 

O que o Supremo analisa agora são os chamados embargos de declaração, recurso em que a defesa do ex-presidente aponta obscuridades e contradições da condenação, como a suposta prescrição do crime de corrupção passiva.

A condenação de Collor e de outros dois réus foi imposta em maio do ano passado pelo STF. Em setembro, após a publicação do acórdão, os três réus entraram com os embargos, cuja rejeição foi defendida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além da corrupção passiva, Collor foi condenado por lavagem de dinheiro, por um esquema envolvendo a BR Distribuidora que foi investigado pela Operação Lava-Jato. Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, apontado como operador do esquema, foi condenado a quatro anos e um mês de prisão, e Luis Amorim, diretor executivo da Organização Arnon de Mello, conglomerado de mídia do ex-presidente, recebeu pena de três anos e 10 dias. Os três negaram a acusação durante o julgamento.

No recurso, a defesa do ex-presidente aponta que na época do julgamento pelo plenário, houve uma divergência entre os ministros sobre a pena para corrupção passiva – e que isso indicaria que a pena menor, e não a imposta por Alexandre de Moraes, que é o relator, deveria prevalecer.

Até agora, votaram para manter a condenação de Collor os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Para Moraes, os réus tentaram apenas rediscutir pontos já indefinidos, em um "mero inconformismo".

"Os embargantes buscam, na verdade, rediscutir pontos já decididos pela Suprema Corte no julgamento desta ação penal, invocando fundamentos que, a pretexto de buscar sanar omissões, obscuridades ou contradições, revelam mero inconformismo com a conclusão adotada", escreveu Moraes, em fevereiro.

Do outro lado está a corrente inaugurada pelo ministro Dias Toffoli, para quem a pena do ex-presidente deveria ser diminuída em seis meses. Para o ministro, isso refletiria a média entre os votos de todos os ministros na ação penal do caso, procedimento que na visão dele seria o mais indicado

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