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segunda-feira, fevereiro 24, 2025

Acho que ele fará uma boa limpa'

 

O que pensam brasileiros em risco de deportação que apoiam Trump: 'Acho que ele fará uma boa limpa'

Durante a convenção republicana, em julho, apoiadores trumpistas empunhavam placas pós-deportação em massa

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,Durante a convenção republicana, em julho, apoiadores trumpistas empunhavam placas pós-deportação em massa

O brasileiro Rafael*, de 36 anos, vive há mais de 6 meses com uma tornozeleira eletrônica presa à sua perna direita. O objeto precisa ser recarregado a cada 8 horas e apita ou treme sempre que os agentes da Imigração e Alfândega dos EUA, o ICE (na sigla, em inglês), perdem o sinal de rastreio dos passos dele, na região metropolitana de Miami, Flórida, onde 

Rafael vive com a mulher, Soraia*, de 41 anos, e o filho de quase 4 anos do casal.

A tornozeleira eletrônica é uma lembrança constante de que o destino da família pode mudar a qualquer momento, de forma abrupta. Seria o fim do que o casal chama de "o sonho americano", iniciado em setembro de 2021, quando os três cruzaram a fronteira do México com os Estados Unidos pelas mãos de um coiote que lhes cobrou R$ 90 mil pela travessia.

De lá pra cá, o pedido de asilo do casal foi negado, assim como todos os recursos. Há 6 meses, quando a última apelação foi recusada na Justiça, o ICE instalou a tornozeleira na perna de Rafael e os advogados da família os avisaram que uma ordem de deportação era iminente.

Agora, com a posse de Donald Trump a Casa Branca, a ordem de partida parece cada vez mais provável.

"De noite, quando eu deito na cama, com a tornozeleira pesando na perna, tenho que fazer um esforço muito grande para dormir e poder trabalhar no dia seguinte. O que a gente sente é medo, né?!", afirma Rafael.


OPINIÃO 

POR ROGÉRIO ALVES 



Imigração: Deportação ou Integração?

O caso de Rafael e sua família reflete o drama de milhares de imigrantes que vivem sob a ameaça da deportação nos Estados Unidos. Muitos desses indivíduos deixam seus países em busca de melhores condições de vida, fugindo da violência, da miséria e da falta de oportunidades. No entanto, uma vez dentro do novo país, enfrentam desafios como barreiras culturais, burocracia rígida e, em muitos casos, rejeição da própria sociedade que ajudaram a fortalecer.

A questão central é: 

um país deve simplesmente deportar seus imigrantes ou integrá-los para fomentar seu próprio crescimento socioeconômico? 

Defensores da deportação argumentam que a imigração irregular sobrecarrega os serviços públicos e pode representar riscos à segurança. Por outro lado, há estudos que demonstram que imigrantes contribuem significativamente para a economia, ocupando postos de trabalho essenciais e impulsionando o consumo.

A história mostra que grandes nações se construíram com base na diversidade. Os Estados Unidos, por exemplo, se tornaram a maior potência mundial justamente pela força de sua população imigrante. A solução, portanto, não deveria ser a simples expulsão, mas sim a criação de políticas eficazes de regularização e integração, permitindo que aqueles que já vivem no país possam contribuir legalmente para o desenvolvimento da sociedade.

E você, o que pensa sobre isso? 

Deportação em massa é a solução, ou devemos buscar alternativas que equilibrem segurança e oportunidades? Deixe sua opinião!

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