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A administração de Roberto Costa começou com medidas duras e um aparente desejo de "enxugar a máquina pública", o que, à primeira vista, pode parecer uma atitude responsável diante dos abusos da gestão anterior.
No entanto, a forma como isso foi feito gerou impactos significativos na cidade.
O corte em massa de contratos na educação, atingindo professores, auxiliares operacionais e vigias, levanta um questionamento importante: a medida foi um ajuste necessário ou uma retaliação política?
A demissão de funcionários da saúde após uma entrevista para avaliar sua capacidade pode até parecer uma forma de exigir eficiência, mas a questão é se houve critérios claros e justos para essas decisões.
Outro ponto polêmico foi a readmissão dos músicos da Banda Santa Cecília, enquanto apenas concursados e aliados receberam seus salários. Não que os músicos não mereçam voltar, mas isso sugere que, apesar do discurso de austeridade, ainda há espaço para favorecimentos dentro da gestão.
A ironia disso tudo é que muitos dos prejudicados foram justamente aqueles que, iludidos pelo slogan de campanha "segue o coração", agora se veem abandonados. Fica a lição de que promessas políticas nem sempre resistem à realidade do governo.
No fim das contas, o início da gestão de Roberto Costa mostra uma sede por mudanças, mas também deixa dúvidas sobre suas reais intenções. Se for um ajuste legítimo para acabar com o uso político da máquina, pode ser um avanço. Mas se for apenas uma forma de substituir um grupo por outro, a população continuará no prejuízo.
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