![]() |
Edilson Dantas / Agência O Globo |
A queda do avião de pequeno porte na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, nesta sexta-feira (7), pode ter sido causada por um problema no motor.
É o que aponta uma das linhas de investigação sob responsabilidade do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), com sede na capital paulista, além da Polícia Civil e da Polícia Federal.
Por que os desastres aéreos aumentaram no país? Após recorde de mortes no ano passado, 2025 já registra dez óbitos
Avião recém-comprado, perda de contato e queda logo após a decolagem: veja tudo o que já se sabe sobre acidente em SP
Segundo pilotos ouvidos pela Globonews, em informação publicada pelo blog de Andréia Sadi, o modelo King Air F90 passou por uma oficina uma semana antes do acidente para resolver um defeito de pane no sistema de RPM de um dos motores. O sistema RPM monitora a velocidade de rotação do motor e é fundamental para o desempenho da aeronave e a decolagem. Segundo a reportagem, esse defeito pode ter afetado a potência e o torque necessários para que a aeronave conseguisse decolar e atingir velocidade necessária.
A queda, seguida de uma explosão, aconteceu por volta das 7h20m, minutos após a decolagem no Aeroporto Campo de Marte com destino a Porto Alegre (RS).
O acidente matou os dois ocupantes do avião e feriu quatro passageiros de um ônibus que foi atingido pelo bimotor. Os mortos são o advogado Márcio Louzada Carpena, dono do avião, e o piloto Gustavo Medeiros, ambos do Rio Grande do Sul.
O motorista do ônibus foi levado para um hospital particular em estado de choque. Outras três pessoas que estavam em solo também foram socorridas, mas nenhuma em estado grave.
RELEMBRANDO OS FATOS.
Um avião de pequeno porte, que decolou do Campo de Marte, caiu na região da Barra Funda, zona oeste de São Paulo
O avião caiu na pista da Av. Marquês de São Vicente, na altura do número 1.874. Um áudio de um piloto que aguardava para decolar no Campo de Marte revelou que o comandante do King Air F90 acidentado havia solicitado um retorno imediato ao aeroporto momentos antes.
Esta já é a terceira tragédia aérea no estado de São Paulo neste ano, após a queda de um bimotor em Ubatuba, no Litoral Norte, e de um helicóptero em Caieiras, na região metropolitana da capital. Ao todo, cinco pessoas morreram nessas ocorrências.
Em fóruns de discussão de pilotos e revistas especializadas, o King Air F90 é mencionado como um modelo fácil de operar. Nos acidentes com mortes registrados, as quedas estão em geral associadas à imperícia dos pilotos ou a más condições de tempo. Dos 40 incidentes registrados até sexta-feira com o modelo, quatro foram no Brasil. Em um deles, em 1988, em São Pedro da Aldeia, os oito ocupantes morreram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui. Sua opinião é importante e ajuda a formar a consciência coletiva.