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domingo, dezembro 22, 2024

POESIA - CÁLIDO AMOR

CÁLIDO AMOR


Canta o gorjeio do tenaz passarinho,

declama o mar no seu murmúrio audaz;

no alarido se desperta o pobre ninho,

e eu sussurro o teu nome em voz de paz.


Se alastram plumas pelos vales florescentes,

socorre o campo violáceo onde crês;

no ermo ecoa a melodia dos poentes,

e eu proclamo: "Chegou minha vez."


A papoula enche o ar com doce aroma,

seu cheiro embriaga e traz renovação;

a natureza, em coro, dança e toma

o meu pensar em sensata inspiração.


Como se a vida se apartasse de meu ser,

e uma parte de mim quisesse se esconder,

o teu começo tem um fim, posso entender,

mas é no som da tua voz que vou viver.


Como a chuva que desliza em teu sorriso,

e a névoa foge ao ver o sol brilhar de vez,

grito ao mundo: és pra mim o paraíso,

teu nome envolve minha vida e minha tez.


E mais intenso agora o grito ecoa,

como se o som pudesse o tempo congelar;

o perfume das flores, na alma, entoa

a paixão que teu amor vem despertar.


Essa obra é uma versão não autorizada do poema homônimo de Lilio Remi Lago, a quem desde logo peço desculpas pela ousadia.

Leiam o original no livro "A História da minha vida em verso. 





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